Excerto do PROGRAMA 23 HORAS da ANTENA 2 da RDP
Autoria: Judite Lima
Convidado: Professor Mariano Gago
Ao telefone: Engenheiro Armando Fernandes
Judite Lima: Armando Fernandes, de Lisboa. Bom dia (engano...), boa noite. Bem vindo ao 23 horas.
Armando Fernandes: Muito boa noite, muito boa noite.
Judite Lima: Diga de sua justiça...
Armando Fernandes: Pronto, é assim, eu gostaria só de começar por elogiar também o trabalho do Senhor Professor. Eu fui aluno dele, no curso de Engenharia Física Tecnológica no Técnico, e estou neste momento a fazer um doutoramento também em Física, também no mesmo Técnico, e gostaria de fazer uma primeira pergunta que é se o Senhor Professor acha que há bons motivos para alguém que está agora a fazer um doutoramento, se há bons motivos para quando acabar esse doutoramento continuar a trabalhar em Portugal. Esta é a minha primeira pergunta. E há uma segunda, que eu ainda não ouvi perguntarem ao Senhor Professor, é qual é o trabalho científico que ele está a desenvolver actualmente. Eu gostaria de saber um pouquinho mais também sobre isso.
Judite Lima: Muito obrigado, Senhor Armando Fernandes, de Lisboa. Penso que foi uma pergunta muito pertinente.
Mariano Gago: Muito boa noite. Bons motivos para continuar em Portugal? Eu acho que isso depende muito das pessoas, não é? Provavelmente se está a falar de si próprio não lhe sei responder. Acho que em muitos casos... Eu recomendo sempre que alguém que nunca tenha trabalhado fora de Portugal, em ciência, e que tenha feito, que tenha estudado, feito a licenciatura em Portugal, e que tenha feito o doutoramento. Acho que, quanto mais cedo melhor, deve aprender outras maneiras de trabalhar, noutras instituições, noutras instituições portuguesas e noutras instituições estrangeiras. E já agora também deve aprender outras maneiras de viver, não é só a vida científica, é a vida, em geral, maneiras de olhar para o mundo. Acho que a internacionalização da nossa vida e da actividade científica é muito importante. Isso não significa que não se volte. E acho que há muito bons motivos para trabalhar em ciência em Portugal. E eu acho que o principal motivo de trabalhar em ciência em Portugal é que há em Portugal muita gente que quer fazer ciência. Enquanto que em muitos outros países há muito poucas pessoas, há cada vez menos menos pessoas, menos jovens, que querem ir para profissões científicas, Portugal tem, hoje na Europa, esta situação absolutamente única, que tem muita gente, muitos jovens que acreditam na ciência, que querem aprender, que querem saber ciência, e isso é uma condição absolutamente extraordinária para o desenvolvimento do trabalho científico. Além disso, é um país em construção, e a possibilidade de trabalhar num país em construção é muito importante.
Judite Lima: Mais excitante, inclusivé, não é?
Mariano Gago: Acho que isso depende muito, obviamente, das pessoas. Há pessoas que querem que tudo já esteja feito e encaixar-se numa casinha... e estar ali...
Judite Lima: É a tal questão do John Fitzerald Kennedy...
Mariano Gago: Pronto, mas aí as pessoas são todas diferentes. E acho que Portugal tem é de oferecer oportunidades. De oferecer oportunidades, seja a portugueses seja a estrangeiros, para desenvolverem, fazerem ciência em Portugal. Tal como hoje em dia, numa Europa aberta, existem oportunidades para portugueses também trabalharem noutros países. Mas acho que há muitos bons motivos para continuar em Portugal.
Convidado: Professor Mariano Gago
Ao telefone: Engenheiro Armando Fernandes
Judite Lima: Armando Fernandes, de Lisboa. Bom dia (engano...), boa noite. Bem vindo ao 23 horas.
Armando Fernandes: Muito boa noite, muito boa noite.
Judite Lima: Diga de sua justiça...
Armando Fernandes: Pronto, é assim, eu gostaria só de começar por elogiar também o trabalho do Senhor Professor. Eu fui aluno dele, no curso de Engenharia Física Tecnológica no Técnico, e estou neste momento a fazer um doutoramento também em Física, também no mesmo Técnico, e gostaria de fazer uma primeira pergunta que é se o Senhor Professor acha que há bons motivos para alguém que está agora a fazer um doutoramento, se há bons motivos para quando acabar esse doutoramento continuar a trabalhar em Portugal. Esta é a minha primeira pergunta. E há uma segunda, que eu ainda não ouvi perguntarem ao Senhor Professor, é qual é o trabalho científico que ele está a desenvolver actualmente. Eu gostaria de saber um pouquinho mais também sobre isso.
Judite Lima: Muito obrigado, Senhor Armando Fernandes, de Lisboa. Penso que foi uma pergunta muito pertinente.
Mariano Gago: Muito boa noite. Bons motivos para continuar em Portugal? Eu acho que isso depende muito das pessoas, não é? Provavelmente se está a falar de si próprio não lhe sei responder. Acho que em muitos casos... Eu recomendo sempre que alguém que nunca tenha trabalhado fora de Portugal, em ciência, e que tenha feito, que tenha estudado, feito a licenciatura em Portugal, e que tenha feito o doutoramento. Acho que, quanto mais cedo melhor, deve aprender outras maneiras de trabalhar, noutras instituições, noutras instituições portuguesas e noutras instituições estrangeiras. E já agora também deve aprender outras maneiras de viver, não é só a vida científica, é a vida, em geral, maneiras de olhar para o mundo. Acho que a internacionalização da nossa vida e da actividade científica é muito importante. Isso não significa que não se volte. E acho que há muito bons motivos para trabalhar em ciência em Portugal. E eu acho que o principal motivo de trabalhar em ciência em Portugal é que há em Portugal muita gente que quer fazer ciência. Enquanto que em muitos outros países há muito poucas pessoas, há cada vez menos menos pessoas, menos jovens, que querem ir para profissões científicas, Portugal tem, hoje na Europa, esta situação absolutamente única, que tem muita gente, muitos jovens que acreditam na ciência, que querem aprender, que querem saber ciência, e isso é uma condição absolutamente extraordinária para o desenvolvimento do trabalho científico. Além disso, é um país em construção, e a possibilidade de trabalhar num país em construção é muito importante.
Judite Lima: Mais excitante, inclusivé, não é?
Mariano Gago: Acho que isso depende muito, obviamente, das pessoas. Há pessoas que querem que tudo já esteja feito e encaixar-se numa casinha... e estar ali...
Judite Lima: É a tal questão do John Fitzerald Kennedy...
Mariano Gago: Pronto, mas aí as pessoas são todas diferentes. E acho que Portugal tem é de oferecer oportunidades. De oferecer oportunidades, seja a portugueses seja a estrangeiros, para desenvolverem, fazerem ciência em Portugal. Tal como hoje em dia, numa Europa aberta, existem oportunidades para portugueses também trabalharem noutros países. Mas acho que há muitos bons motivos para continuar em Portugal.
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