No Sábado passado passei-me (e não fui a única).
Após esperarmos 45 minutos para poder entrar no recinto do
Espectáculo de Honra do Festival Almada*, em pé ou sentados no chão ou nuns bancos de pedra, qual não é o espanto das quase 1000 pessoas que ali estavam ao verificarem que em vez do espectáculo iriam ter que ‘gramar’ com uma homenagem (por ventura merecida, não está isso em causa…) ao Observatório das Actividades Culturais.
O organizador do Festival Almada, José Benite, não pediu sequer desculpa ao Público pelo atraso e, quando algumas pessoas começaram a reclamar e a dizer que fizessem a homenagem após o espectáculo, o organizador começou a ‘dar lições’ ao Público, referindo que estava anunciada a homenagem (o que não era verdade, pois não apareceu mencionado isso em nenhum dos prospectos e papelinhos com que sempre nos presentearam antes dos espectáculos), que era importante e que tinhamos que ouvir os discursos, obviamente...
Indiferentes aos protestos do Público as personalidades lá discursaram, abusando da paciência dos ouvintes (mesmo considerando que encurtaram ligeiramente o seu blá blá). Ainda por cima mais de 900 pessoas ficaram mal sentadas, em bancos corridos e sem costas (pois cadeiras decentes só para os VIPs, que se sentaram nas primeiras filas e não tiveram que fazer fila para obterem esses bons lugares).
Felizmente o espectáculo de honra foi bom, mas convenhamos que aguentar duas horas com esperas e discursos auto-centrados, é muito para se ver um espectáculo de 1h10m.
* "La Mirada del Avestruz", espectáculo apresentado o ano passado em Almada, votado pelo público como Espectáculo de Honra de 2006.
José SerAmargo P.S. - O não cumprimento pelos horários foi constante no Festival Almada, sendo que no CCB esperamos mais de 20 minutos sem que fosse dada uma explicação sobre o atraso. Felizmente estavamos todos melhor sentados do que no Palco Grande da Escola D. António da Costa (Almada), onde foi o Espectáculo de Honra. ;-)