Os bebés com três meses de idade já manifestam preferências em matéria racial, indica um estudo publicado hoje em Israel. De acordo com os investigadores, esta descoberta pode ajudar a combater o racismo e os estereótipos que o fomentam.
O responsável pela investigação, Yair Ben Haim, do Centro Adler para o Desenvolvimento Sociológico e Patológico da Criança, sustenta que nessa idade as crianças preferem ver rostos da sua própria raça.
Os investigadores chegaram a esta conclusão depois de terem colocado bebés brancos e bebés pretos, sentados ao colo das suas mães e à frente de um computador que lhes mostrava rostos de cada uma das raças durante dez segundos de cada vez.
A observação das suas reacções e do tempo que olharam para os rostos no computador levou-os a concluir que os bebés se concentraram e "preferiram" a imagem do rosto da sua própria cor.
O facto de terem determinado esta preferência prematura "pode contribuir para o conhecimento das inclinações da criança durante toda a sua vida", declarou Ben Haim ao jornal israelita "Yediot Aharonot"."
A descoberta pode ajudar a agir contra o racismo e a compreender a formação dos estereótipos que o fomentam", acrescentou.
No estudo participou um terceiro grupo de bebés, filhos de etíopes mas nascidos em Israel, e que residiam com as suas famílias num centro de acolhimento de imigrantes judeus recém-chegados, com diversas origens nacionais e raciais.
Neste caso, os bebés estudados não mostraram preferência por rostos brancos ou negros, observando-os de igual modo e durante o mesmo tempo.
Fonte: Jornal Público Online de 24/3/2006
Nota do Fiambrelete - Devo explicar que quando li o título me pareceu mais uma notícia para justificar o racismo, mas depois de ler parece-me que poderá haver algum fundo científico. Quanto a mim não há qualquer justificação para o racismo que é uma atitude bárbara, como tal deve-se ter em conta estes resultados que parecem indicar que a maneira de acabar com o racismo é através do convívio entre as raças. Este convívio parece-me extremamente salutar e enriquecedor se fôr feito de maneira natural, sendo fundamental que todos se comportem como iguais para que se eliminem complexos de superioridade e inferioridade.
Faço também a ressalva de não saber se o estudo científico foi bem conduzido ou não, há que esperar que os resultados sejam validados por várias entidades independentes.