Os exageros das paixões futebolísticas em Portugal
Joaquim Forma
PS- mas afinal ele chama-se Adriaanse ou Adriaansen??
Desde 2003. Um blogue que se reveste de alegria, de viver, de sentir. Com alguma desordem, personalidades múltiplas aqui coabitam e, a brincar, a brincar, reflectem um olhar sério sobre a realidade.
Sarrevla, o fabuloso Super-Herói defensor da Terra, tem de assumir de forma integral e literal o seu papel, pois um terrível e enorme meteorito dirige-se para o nosso planeta, ameaçando destruí-lo completamente. Sarrevla então, destemidamente, abandona a Terra e a sua atmosfera protectora e aventura-se no espaço exterior para além do Sol (ele tem tudo calculado, após o desvio gravitacional proporcionado pela nossa estrela é que esse horrível meteoro ficaria em rota de colisão com o planeta azul). Mas, nada disto é algo que o nosso Super-Herói não possa resolver. Com a sua força (bruta), com a sua quantidade de movimento (por ocasião do impacto da sua pessoa com o pedregulho gigante, pois a sua velocidade é super-rápida), com o seu raio mortífero (que vaporiza uma parte central do asteróide, sendo que a expulsão de tais vapores tem um efeito de motor a jacto), enfim, com a sua acção vigorosa e decisiva, Sarrevla modifica a trajectória do proto-cometa, afastando-o da intersecção com a órbita terrestre. Mais uma vez, Sarrevla salva o planeta Terra. Ele é MESMO o Super-Herói defensor da Terra.





...não sei se a falar de boxe ou de golfe:
Os membros Vistalegre de alguma forma ligados à metalurgia (quiçá Jerónimo de Sousa também?...) exultam com o resultado da Superbowl, em que a equipa dos Pittsburgh Steelers venceu os Seattle Seahawks (uma vitória aliás estilo Linux a bater a Microsoft). E não é que o símbolo dos Steelers é mesmo a marca do aço? E, como já tive a ocasião de dizer ao Prof. Çakana Manguito, que pelo menos os anúncios deve ter visto, foi uma vitória completamente super, hiper, neste caso hipereutectóide, absolutamente T...T...Tremenda. Os jogadores revelaram ser de uma têmpera incrível, revelando uma grande tenacidade.
Ela seguiu, foi examinar um quadro a oleo, copiado de Landseer - um focinho de cão de S. Bernardo, maciço e bonacheirão, adormecido sobre as patas.
Quasi roçando-lhe o vestido, Carlos sentia o fino perfume de verbena que ela usava sempre exageradamente: e, entre aqueles tons negros que a cobriam, a sua pele parecia mais clara, mais doce á vista, e atrahindo como um setim.
- Este é um horror, murmurou ela, voltando-se; mas disse-me o Ega que há quadros lindos no Ramalhete... Falou-me sobretudo de um Greuze e de um Rubens... É pena que se não possam vêr essas maravilhas.
Carlos lamentava também que uma existência de solteirões lhes impedisse, a ele e ao avô, de receberem senhoras. O Ramalhete estava tomando uma melancolia de mosteiro. Se assim continuassem mais alguns meses, sem que se sentisse ali um calor de vestido, um aroma de mulher, vinha a nascer a herva pelos tapetes.
- É por isso, acrescentou ele muito sério, que eu vou obrigar o avô a casar-se.
A condessa riu, os seus lindos dentes miudinhos alvejaram na sombra do véu.
- Gosto da sua alegria, disse ela.
- É uma questão de regimen. V. ex.ª não é alegre?
Ela encolheu os ombros, sem saber... Depois, batendo com a ponta do guardasol na sua botina de verniz que brilhava sobre o tapete claro, murmurou com os olhos baixos, deixando ir as palavras, num tom d'intimidade e de confidencia:
- Dizem que não, que sou triste, que tenho spleen...