17 maio 2004

Paradoxo das Máquinas Digitais


Vejo cada vez mais os meus familiares a amigos tirarem fotografias
digitais
nas festas, nas férias ou em eventos especiais.
Paradoxalmente deixei de ver as fotos que são tiradas nessas alturas.
Na era do rolo e da revelação em papel existia o ritual de transportar
consigo as fotos entretanto reveladas. Assim, depois do almoço ou do jantar
viam-se e comentavam-se as fotos em conjunto. Era
divertido.

Agora as ditas fotos ficam guardadas em CDs, na internet, no computador de
secretária ou no portátil. Ultra-acessíveis, mas não tão manuseáveis.
Recebemos uma ou outra por email, vemos outras a partir da máquina digital
ou do computador e é tudo.
Já não está na moda ter aqueles álbuns de fotos em cima da mesa ou na
estante, para se poder mostrar aos amigos se nos apetecer ou se vier a
propósito da conversa. É pena.