11 setembro 2006

Fundação Elipse + Golfe + Teatro Praga

Sábado foi um dia muito ao meu gosto.
Primeiro fomos a Alcoitão ver arte contemporânea no Museu da Fundação Elipse. Depois demos um pulo ao Beloura, para praticar golfe no driving range, chipping green e putting green. Passamos depois pelo Saldanha Residence, onde comemos umas massitas no Quasi Pronti e comprámos um livro da Taschen na Livraria Almedina. Por último fomos ao Hospital Miguel Bombarda, para ver a peça “Shall We Dance Shall We Dance”, do Teatro Praga.
Aproveito aqui para agradecer ao autor do blogue o_melhor_anjo a oferta dos convites para a peça, pois assim pude comprar o livro da Taschen. :-)
Relativamente ao Teatro Praga, no meu entender (ou sentir), Shall we project foi a peça mais bem conseguida das três apresentadas durante o espectáculo Shall We Dance Shall We Dance.
A peça começa com a dupla Patrícia da Silva e Nelson Guerreiro a beijarem-se longamente enquanto se ouve uma música cujo refrão não me lembro. Em seguida segue-se um texto que serve de introdução à peça que está muito bem conseguido. Os artistas falam, entre outras coisas, das múltiplas razões que levam as pessoas a ir a espectáculos (estéticas, argumentativas, razões de estilo, etc.) e ainda do que recordamos dos espectáculos. Depois entregam um texto de 4 páginas A4 ao público e pedem-nos para lê-lo (o que nem todos fazem até ao fim…). O texto é provocativo, divertido e inovador. A páginas tantas está escrito, por exemplo, o seguinte: “Queremos que fique claro que este texto não quer desbloquear tensões acumuladas nesta distribuição espacial ou instantâneas por esta contingência situacional, nem descomprimir para dissolver emoções miudinhas e contribuir para uma melhor instalação, nem aliviar o stress do dia-a-dia ou aquele que eventualmente sofreram para chegar até aqui, nem prender a atenção, nem tornar ninguém testemunha do enredo, nem demonstrar qual a motivação psicológica das nossas acções, nem querer projectar ninguém no conflito de uma ficção particular (…), nem quebrar o gelo. Talvez preparar terreno.”
Entretanto os artistas vão compondo o cenário e chegam a cantar uma cantiga, cuja letra está impressa numa das folhas A4.
Segue-se um momento de pausa em que os artistas observam o público que já acabou de ler, o que ainda continua a ler e o que já desistiu de ler.
A peça “recomeça” e os artistas falam dos seus projectos, uns para venda (linha básica e gold), outros para doação e ainda os projectos tipo “não damos nem que a vaca tussa”, que são os mais importantes e que os artistas querem muito fazer. Desta última categoria faz parte o ultra-hilariante projecto de “actor sitting”, que mais não é do que uma espécie de “baby sitting” para actores em dia de estreia.
Resumindo, foi uma noite bem passada. [Note-se que ‘passada’ assume, aqui, dois significados distintos, sendo ambos válidos.]
;-)

FlorGrela Estampa

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

VoceMece esta a se divertir demais! Isto nao pode ser! Ha que produzir e poupar! Nada disto de divertir e gastar!!!! Mas afinal?!

3:19 da tarde  

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