Espectáculos Janeiro e Fevereiro 2007
Este ano tem sido mais difícil ver espectáculos dignos de uns valentes “Braaavooos!”. E nós tentámos…
Dia 5 de Janeiro fomos ver o “Stupid Green” na Galeria Zé dos Bois. A galeria ZDB vale(u) a pena – muito boas obras contemporâneas -, o espectáculo é que não, tirando o desenho de luzes e, eventualmente, a repetida gravação de um texto em inglês que tinha algo indefinido que considerei agradável…“As an intellectual vibration, smack dead in the middle of spectrum, green can be a problem (…)”. Seria o timbre da voz do tipo que dizia o texto? Enfim, a casa estava cheia e vimos por lá Marc Deputter – o responsável pelo Alkantara Festival -, mas faltou algo… Ferrero Rocher, seria?
Dia 12 de Janeiro fomos ao Teatro Aberto ver “O Rapaz dos Desenhos”. Fosse porque a publicidade ‘pintava’ a peça como a melhor peça canadiana de todos os tempos, fosse porque não conseguiram dar a volta ao texto, digamos que mais uma vez faltou algo… Na revista obscena de que falámos há alguns posts atrás tem uma boa análise/crítica à peça, com a qual concordo inteiramente.
No dia 24 de Janeiro fomos ao Teatro Camões ver um espectáculo integrado no ciclo de Canto e Dança, intitulado “Walking Óscar”, pela Companhia Zoo. Digo-vos que há muito tempo que não via tanta gente abandonar a sala antes do final do espectáculo. Foram bem mais de dez pessoas. Havia algumas boas ideias pelo meio, mas quiseram incluir tanta ‘palhaçada’ e ser tão (supostamente) inovadores que deram cabo do espectáculo. É pena.
No dia 26 de Janeiro fomos ao Monumental ver o “Diamante de Sangue”, que gostámos e já referimos aqui no vistalegre. Merecia um “Braavo!”.
No dia 27 de Janeiro fomos ao Teatro D. Maria II ver “O que diz Molero”. O facto de a companhia ser brasileira tornou difícil criar empatia com o texto e com os actores. Pareceu-me haver exageros desnecessários e a verdade é que não houve grandes risotas na plateia – provavelmente o humor português é diferente do brasileiro -, o que não deixa de ser estranho, dado que se percebe que o texto de Diniz Machado é muito bom. Enfim, gostava de ter visto a mesma peça feita pelo António Feio.
A noite de dia 27 acabou no Hard Rock Café Lisboa. Mais uma desilusão: tirando 3 músicas de 2006 (recordo o “Crazy” de Gnarls Barckley), o resto foram tudo músicas dos anos 80 ou princípios de 90. Já aborrece!
No dia 2 de Fevereiro fomos ouvir uma banda de jazz contemporâneo no átrio do teatro D. Maria II. Reconheço que os tipos não eram maus músicos, mas por mais que tente não consigo gostar de jazz. Sinto sempre que estou a ver um bando de músicos exibicionistas que mostram as suas habilidades sem grandes preocupações sobre se realmente a música que fazem vale a pena. E quando é jazz lamecha soa-me a elevator music. Não há nada a fazer. Música clássica, rock progressivo, música minimalista, gótico industrial, tudo bem, agora jazz… esqueçam.
No dia 4 de Fevereiro, após uma caminhada pelas Linhas de Torres que acabou mal (e que me obriga agora a andar de canadianas, devido a problemas no joelho esquerdo...provavelmente no ligamento cruzado) fomos ver a famosa violoncelista Natália Gutman no CCB, acompanhada pela Orquestra Metropolitana. Que grande senhora. Braaaavooo! Braaaavooo! E há conta dos muitos “bravos!” que ecoavam na plateia, conseguimos dois extra-programas (duas suites de Bach, para violoncelo solo).
Dia 9 de Fevereiro fomos ver o filme do Woody Allen “Scoop”. Todos me diziam que não era mau e que tinham gostado. A minha modesta opinião é que este é um filme completamente dispensável (isto querendo ser simpática).
Dia 15 de Fevereiro fomos ver o coro e a orquestra Gulbenkian interpretar uma obra de Mahler. A música é boa, mas a “estorieca” é fraquita. O pior foi o rapaz de 12 anos que fez a ‘voz juvenil’, pois desafinou um bocado. Desta vez não houve lugar a “Bravos!”.
Por último, no dia 17 fomos ver um novo tipo de espectáculos que está bastante na moda: o Novo Circo. Foi no pequeno auditório do CCB. Vimos uma obra do coreógrafo Rui Horta, interpretada por Paulo Santos. Apesar de termos preferido que houvesse mais dança e menos novo circo (e talvez mais propósito na peça…seja lá o que isto for), e de o ‘bailarino’ ter tido uma ou outra falha, gostámos imenso e largámos uns quantos bravos e uns merecidos parabéns ao intérprete. Valeu a pena, isso valeu.
FlorGrela Estampa
Dia 5 de Janeiro fomos ver o “Stupid Green” na Galeria Zé dos Bois. A galeria ZDB vale(u) a pena – muito boas obras contemporâneas -, o espectáculo é que não, tirando o desenho de luzes e, eventualmente, a repetida gravação de um texto em inglês que tinha algo indefinido que considerei agradável…“As an intellectual vibration, smack dead in the middle of spectrum, green can be a problem (…)”. Seria o timbre da voz do tipo que dizia o texto? Enfim, a casa estava cheia e vimos por lá Marc Deputter – o responsável pelo Alkantara Festival -, mas faltou algo… Ferrero Rocher, seria?
Dia 12 de Janeiro fomos ao Teatro Aberto ver “O Rapaz dos Desenhos”. Fosse porque a publicidade ‘pintava’ a peça como a melhor peça canadiana de todos os tempos, fosse porque não conseguiram dar a volta ao texto, digamos que mais uma vez faltou algo… Na revista obscena de que falámos há alguns posts atrás tem uma boa análise/crítica à peça, com a qual concordo inteiramente.
No dia 24 de Janeiro fomos ao Teatro Camões ver um espectáculo integrado no ciclo de Canto e Dança, intitulado “Walking Óscar”, pela Companhia Zoo. Digo-vos que há muito tempo que não via tanta gente abandonar a sala antes do final do espectáculo. Foram bem mais de dez pessoas. Havia algumas boas ideias pelo meio, mas quiseram incluir tanta ‘palhaçada’ e ser tão (supostamente) inovadores que deram cabo do espectáculo. É pena.
No dia 26 de Janeiro fomos ao Monumental ver o “Diamante de Sangue”, que gostámos e já referimos aqui no vistalegre. Merecia um “Braavo!”.
No dia 27 de Janeiro fomos ao Teatro D. Maria II ver “O que diz Molero”. O facto de a companhia ser brasileira tornou difícil criar empatia com o texto e com os actores. Pareceu-me haver exageros desnecessários e a verdade é que não houve grandes risotas na plateia – provavelmente o humor português é diferente do brasileiro -, o que não deixa de ser estranho, dado que se percebe que o texto de Diniz Machado é muito bom. Enfim, gostava de ter visto a mesma peça feita pelo António Feio.
A noite de dia 27 acabou no Hard Rock Café Lisboa. Mais uma desilusão: tirando 3 músicas de 2006 (recordo o “Crazy” de Gnarls Barckley), o resto foram tudo músicas dos anos 80 ou princípios de 90. Já aborrece!
No dia 2 de Fevereiro fomos ouvir uma banda de jazz contemporâneo no átrio do teatro D. Maria II. Reconheço que os tipos não eram maus músicos, mas por mais que tente não consigo gostar de jazz. Sinto sempre que estou a ver um bando de músicos exibicionistas que mostram as suas habilidades sem grandes preocupações sobre se realmente a música que fazem vale a pena. E quando é jazz lamecha soa-me a elevator music. Não há nada a fazer. Música clássica, rock progressivo, música minimalista, gótico industrial, tudo bem, agora jazz… esqueçam.
No dia 4 de Fevereiro, após uma caminhada pelas Linhas de Torres que acabou mal (e que me obriga agora a andar de canadianas, devido a problemas no joelho esquerdo...provavelmente no ligamento cruzado) fomos ver a famosa violoncelista Natália Gutman no CCB, acompanhada pela Orquestra Metropolitana. Que grande senhora. Braaaavooo! Braaaavooo! E há conta dos muitos “bravos!” que ecoavam na plateia, conseguimos dois extra-programas (duas suites de Bach, para violoncelo solo).
Dia 9 de Fevereiro fomos ver o filme do Woody Allen “Scoop”. Todos me diziam que não era mau e que tinham gostado. A minha modesta opinião é que este é um filme completamente dispensável (isto querendo ser simpática).
Dia 15 de Fevereiro fomos ver o coro e a orquestra Gulbenkian interpretar uma obra de Mahler. A música é boa, mas a “estorieca” é fraquita. O pior foi o rapaz de 12 anos que fez a ‘voz juvenil’, pois desafinou um bocado. Desta vez não houve lugar a “Bravos!”.
Por último, no dia 17 fomos ver um novo tipo de espectáculos que está bastante na moda: o Novo Circo. Foi no pequeno auditório do CCB. Vimos uma obra do coreógrafo Rui Horta, interpretada por Paulo Santos. Apesar de termos preferido que houvesse mais dança e menos novo circo (e talvez mais propósito na peça…seja lá o que isto for), e de o ‘bailarino’ ter tido uma ou outra falha, gostámos imenso e largámos uns quantos bravos e uns merecidos parabéns ao intérprete. Valeu a pena, isso valeu.
FlorGrela Estampa
Etiquetas: Divulgação, Espectáculos, Histórias Pessoais, Vistalegre
3 Comments:
É bom ver aqui no VA estes posts de cariz mais cultural.
Dá um tom chique, não é? hehehehe
Isto E muita cultura!!! Eu diria que demasiada cultura! Cultura, povo culto e instruido, pensante, ... um perigo, um perigo! Eu acho que estes posts de cariz cultural sejam banidos definitivamente do VA!
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